O Violão e a Música Contemporânea


O Violão e a Música Contemporânea
por Teresinha Prada


Palestra proferida na II Bienal de Música Brasileira
Contemporânea de Mato Grosso - Cuiabá/2008
Objetivos

-Abordar as inovações de grafia
-demonstrar e experimentar as possibilidades sonoras, timbres e os diversos efeitos produzidos valendo-se da utilização de elementos ou objetos de uso cotidiano e não-ortodoxos dentro da música.
-estabelecer as bases comportamentais no palco e conhecer particularidades dos intérpretes mais destacados.
- reconhecer a exaltação rítmica e os contrastes dinâmicos, como pilares da composição.

Os termos empregados para se designar a música que se fez no século XX foram provenientes de vários movimentos artísticos bem como esses mesmo termos realizaram uma contra-influência em outras áreas.

Um dos primeiros termos que vem à cabeça quando se pensa na música que se fez nas primeiras décadas do século XX é a chamada “vanguarda”. O termo surgiu na área militar, no qual estavam na vanguarda aqueles primeiros soldados que abriam o caminho à frente de um exército. Deste sentido original, a vanguarda passou a representar figurativamente as primeiras inovações em várias áreas artísticas e cada movimento pregava a ruptura de uma tradição, levando a uma outra concepção mas sem uma aceitação imediata, sendo mais considerada no futuro e servindo como fonte de inspiração para outras concepções.


Já a palavra “contemporânea” abrange todos os movimentos ao longo do século que possuíam em si mesmos os aspectos da vanguarda, isto é, o moderno, o novo, o original, o avançado. Conta-se mais de 20 tendências dentro da Arte Contemporânea e isso aconteceu devido à busca pela originalidade como sinal de ser atual. Assim, a arte contemporânea veio para radicalizar, perturbar, chocar e se rebelar com a tradição, e muitas vezes com a tradição imediatamente anterior ao seu tempo.

Alguns dos nomes das artes plásticas migraram para a música: Impressionismo, Expressionismo, Dadaísmo, Minimalismo, Performance/Happenings. Há ainda os termos Moderno e Pós-moderno vindos das áreas da Literatura e Arquitetura e que se refletem em Música. No Brasil, o termo Moderno ficou mais fortemente marcado pela opção do ser nacional, ou seja, o moderno era sermos nós mesmos.

Outro termo empregado na música do século XX é a “música nova”, vindo da expressão na Alemanha “Neue Musik”, mais divulgado ainda por Adorno em seu texto “Filosofia da Nova Música” (1949). E aqui o novo é se opor sistematicamente ao velho.

À parte a definição da essência dessa música, nos aspectos técnicos a composição da música do século XX passou por uma série de acontecimentos que vieram desde o alargamento da tonalidade em Wagner e Richard Strauss, a uma economia no uso de elementos, como em Debussy, até uma diminuição e total exclusão no uso do sistema tonal, refletida no Expressionismo, Dodecafonismo e Serialismo da escola de Viena, e se firmando principalmente após a 2.ª guerra mundial na Europa, em especial França e Alemanha, de onde vieram as principais linguagens que originaram cada vez mais novas linhas da música: concreta, aleatória, eletroacústica, eletrônica e outras, inclusive um certo “tonalismo modificado” - não um neoclassicismo ou neobarroco - que vem se firmando bastante, e que será comentado mais adiante.

Os compositores do 2.º pós-guerra que mais alcançaram renome foram: Karlhein Stockhausen, Pierre Boulez, Luigi Nono, Luciano Berio, Bruno Maderna e John Cage.




Violão na música contemporânea e seus procedimentos

Independente da quantidade de possibilidades que a música contemporânea inovou ao trazer para a música aspectos não ortodoxos, a maior parte da música do século XX para violão continuou seguindo um caminho mais tradicional, ou seja por muito tempo houve uma certa resistência ou bloqueio por parte dos compositores em conferir ao violão uma linguagem mais moderna. Isso pode ter sido por dois grandes motivos: primeiro porque o violão é um instrumento extremamente idiomático, ligado a fortes concepções do passado, e segundo porque possui uma técnica minuciosa para se compor, ou seja, não é um instrumento de realização acessível e aparente - vários pormenores vêm à tona na hora de compor.

1. Tonalismo modificado

Entretanto, do total de obras para violão do século XX, algumas ultrapassaram essa barreira do continuísmo, e embora prevaleçam as formas como prelúdios e sonatas, no seu conteúdo, na maioria delas, há um certo tonalismo ou uma indefinição na tonalidade, que alguns chamam de pseudotonalismo, que se pode dizer tratar-se de um retorno a um tonalismo mas por quem passou por uma fase de experimentação, isto é, a forte atuação da música experimental deixou marcas tanto em quem aderiu quanto quem não aderiu às tendências mais modernas. Isso trouxe como conseqüência um certo ar renovador que se misturou a música dos compositores menos adeptos da linguagem de vanguarda.


2. Vanguarda

Dos autores mais envolvidos com a vanguarda, Almeida Prado no Brasil e Leo Brouwer fora do Brasil foram os compositores que melhor representaram essa virada trazendo uma linguagem mais moderna ao violão. Brouwer também foi um grande intérprete de obras contemporâneas,executando grandes autores em voga.

Ex. Portrait – A.Prado; C.Halfter, por Brouwer.

3. Rítmica

A rítmica é um dos elementos que mais vem se realçando na linguagem musical da estética do novo. Na busca de um diferencial em relação às obras do passado, não é raro encontrar peças que inovam quanto a grande profusão de ritmos, como em Sequenza XI de Luciano Berio.

4. Dinâmica

Há nas obras contemporâneas muita solicitação de contrastes de dinâmica, como um procedimento mesmo dessa música. A idéia de uma emancipação da melodia trouxe a percepção de outros parâmetros possíveis de ser destacados.

Ex. Canticum, Brouwer.

5. Timbres

Há no violão uma especial facilidade no uso de timbres que possibilita muitas variações. Na música contemporânea o centro é deslocado da melodia (condição vigente na tradição tonal) para outros enfoques, como ritmo, dinâmica e o timbre.

6. Aleatorismo

O aleatorismo é um procedimento muito usado na música contemporânea e consiste na indefinição da altura das notas ou há uma explicitação da melodia por meio de um grupo de notas a ser executado pelo intérprete, livre e aleatoriamente. No violão já há muitas obras com o uso do aleatorismo.

Ex. Marcelo Mello, Batuque.

Ex. Brouwer, Espiral Eterna.

Seção B – No final da seção a solicitação de que as notas tenham sua entonação apagada aponta para o aleatorismo da altura das notas, determinada agora pela improvisação na execução do intérprete de acordo com sua visão do desenho curvilíneo da melodia. Imposição de 2 minutos também para esta seção.

7. Improvisação

Ligado ou não à idéia de aleatório. Há o improviso e o improviso controlado.

(Ex. Decameron Negro,Leo Brouwer).

Exemplos

Seção A – Repetição de melodia cromática indicada dentro dos retângulos, durante 2 minutos. O improviso fica a cargo do intérprete em relação a quantas vezes repetirá a melodia de cada módulo, observando a duração definida em 2 minutos.

Seção C – Improvisação a critério do intérprete, observando os desenhos de dinâmica e altura propostos, durante 45 segundos.

8. Minimalismo

O Minimalismo é um procedimento em que se busca compor uma música com o mínimo de material, repetindo as células em grande número de vezes, de modo que haja uma mudança gradual.

(Ex. Decameron Negro,Leo Brouwer).

Ex.: A seção C- Primer Galope de los Amantes, utiliza várias quiálteras. O uso do Minimalismo é controlado pela solicitação da repetição de quatro vezes (x4) cada módulo e há uma idéia de alongar cada vez mais o movimento até atingir um auge e começar uma volta, diminuindo os movimentos.

Ex.: Na seção G- Por el Valle de los Ecos, os aspectos minimalistas são ampliados aqui, como forma de demonstrar a sensação de eco e de um galope.

Outros Ex. Paisage Cubano con lluvia, L. Brouwer.
Ex. Estudo 20, L.Brouwer.

9. Símbolos

A representação de novas idéias para a música obrigatoriamente solicitou uma nova escrita dos símbolos musicais.A escrita da música contemporânea para o violão basicamente segue os padrões de todos os instrumentos. A seguir, alguns exemplos:

(Ex.: Aurelio de La Veja; bula de Batuque de autoria de Marcelo Mello, Ex. Trecho da bula de Rito de los Orishas, de Leo Brouwer.)

O autor pede a execução de slaps, linguagem típica da guitarra elétrica, mas possível de serem feitos também no violão acústico, bem como fazer uma nota distorcer. É sempre eficiente escrever uma bula com as indicações próprias da peça, para não haver incompreensão quanto à solicitação expressa pelo autor.

Ex. Trecho da bula de La Espiral Eterna, de Leo Brouwer. Solicitação rde pizzicato alla Bartók.
Ex. Percussion Piece, do álbum Guitarcosmos 3, de Reginald Smith Brindle. Outra forma de solicitar pizzicato alla Bartók.

Ex. Percussion Piece, do álbum Guitarcosmos 3, de Reginald Smith Brindle. O autor esclarece em que local quer a percussão – perto do cavalete – e os dedos da mão direita que devem ser utilizados – anelar (a) e indicador (i)

Ex. Trecho da bula de Batuque, de autoria de Marcelo Mello. Solicitação de glissandos aleatórios, somente com a indicação da direção de agudo para grave ( \ ) e de grave para agudo ( / ), próximo as notas possíveis – do primeiro espaço à primeira linha, do segundo espaço às linhas suplementares.

Ex. Trecho da bula de La Espiral Eterna, de Leo Brouwer. Solicitação de outro tipo de glissando que resultará em um som de arraste da mão direita, usando as unhas.

Ex. Trecho da peça La Espiral Eterna, de Leo Brouwer. Solicitação de procedimentos em seqüência: pizzicatto e nota de entoação apagada, cada vez mais indo para a região aguda do violão.

Ex. Trecho da peça La Espiral Eterna, de Leo Brouwer. Solicitação de notas produzidas com as duas mãos percutindo sobre o braço do violão.

10. Gestual:

A música contemporânea também foi responsável por um maior envolvimento da música com outras áreas, entre as quais o teatro. Não é raro assistir com outros instrumentos, para quem acompanha festivais e mostras de música experimental, uma apresentação de um músico que envolva alguma encenação teatral.

11. Interação com outros elementos:

Alguns autores já solicitaram o uso de objetos extramusicais para a realização de suas obras. Rodolfo Coelho de Souza, em Estudo 1, solicita uma régua para fazer sons raspados nas cordas do violão. Leo Brouwer já utilizou o arco do violoncelo em Metáfora del amor. E Antonio Ribeiro solicitou uma régua tipo transferidor para realizar movimentos da mão direita em Violens Ironiae.


Teresinha Prada interpreta "Linhas Hibridas" composição eletroacústica mista de Cristina Dignart

12. Eletroacústica:

O contexto da música eletroacústica no meio violonístico foi apresentado bem tardiamente aos brasileiros, apesar de já haver uma série de obras na qual o violão esteve inserido, desde a década de 60.

Ex. Changes (1988), de Elliot Carter, gravada por David Starobin.

Também o uso de pré-gravação foi uma inovação trazida pela música contemporânea.
Ex. Steve Reich, Electric Counterpoint

Electric Counterpoint (1989) é uma peça em 3 movimentos e tem partes escritas para 11 violões e 2 baixos elétricos. A idéia é pré-gravar as partes dos 2 baixos e 10 violões e o violão que faltou, ao vivo em uma performance.


autora: Teresinha Prada
fotos: lcwebd®
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Fotos e Videos - Lançamento CD Chronos

Fotos do concerto de lançamento do CD Chronos do compositor e professor Roberto Victorio.

Chronos I (sax soprano e percussão multipla) - interpretada por Alex Souza e Jasson André
Chronos VI (piano solo) - interpretada por Ingrid Barancoski
Habacuque (piano solo) - interpretada por Ingrid Barancoski
Três Peças para Piano - interpretada por Ingrid Barancoski
Na-Yucat (para dois violões) - interpretada por Roberto Victorio e Teresinha Prada (estréia mundial)
Chronos III (violoncelo e eletrônica em tempo real) - interpretada por Roberto Victorio e Ticiano Rocha
Chronos IX (dois violoncelos) - interpretada por José Feguri e Roberto Victorio


José Feguri
Roberto Victorio

Ingrid Barancoski


VIDEO


Estreia da peça "Na-Yucat" escrita para dois violões e dedicada à Teresinha Prada.
Interpretes: Teresinha Prada e Roberto Victorio.


VIDEO


Chronos I (sax soprano e percussão multipla)
interpretada por Alex Souza e Jasson André


Ingrid Barancoski

Alex Souza

Jasson André

Ticiano Rocha
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Masterclass com Ingrid Barancoski

Masterclass com a pianista Ingrid Barancoski oferecido pelo Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea.



















Ingrid Barancoski é pianista paranaense, Doutora em Piano pela Universidade do Arizona, Mestre em Música pela Eastern Illinois University e graduada em Piano pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Em sua formação, participou também de renomados festivais como Cliburn Piano Institute(EUA) e Centre Acanthes (França) e de master classes com Ivonne-Loriod Messiaen, Roger Muraro, Ian Hobson e Bruno Canino, entre outros. Como pianista, é detentora de premiações em vários concursos nacionais e internacionais, como The President"s Competition (Universidade do Arizona, EUA) e IBLA Grand Prize (Ragusa-Ibla, Itália).

Suas atividades incluem concertos como solista e camerista, tendo atuado, entre outros, com a Orquestra da Universidade do Arizona e a Orquestra de Câmera de Curitiba, e realizado recital solo na série Dame Myra Hess Memorial Concerts no Centro Cultural de Chicago. Integra atualmente o Duo Aura, ao lado do flautista Pauxy Gentil-Nunes.

Com um repertório que abrange todos os estilos e períodos musiciais, dedica especial interesse para a música contemporânea. Tem sido responsável por estréias nacionais e mundiais de obras de compositores como George Walker, Almeida Prado, Roberto Victorio, Caio Senna e Dawid Korenchendler, tendo recebido também diversas obras a ela dedicada.

Atua como docente no Instituto Villa-Lobos e no Programa de Pós-Graduação em Música da Uni-Rio, além de lecionar freqüentemente em festivais de música. Sua produção acadêmica inclui artigos publicados em diversos periódicos especializados e co-editoria da revista Cadernos do Colóquio.


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Professor da UFMT lança álbum de Música Contemporânea

Professor da UFMT lança álbum de Música Contemporânea

O compositor Roberto Victorio, docente do curso de Música e do Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO), lança na próxima quinta-feira (22), às 19 horas, no Auditório do Instituto de Linguagens da UFMT seu novo CD: Chronos.

O trabalho, que foi patrocinado pela Petrobras, consiste em dez obras para variada formação instrumental, todas permeadas pela noção da multiplicidade de tempo.

No lançamento em Cuiabá o público poderá conferir essa recente produção, além da estréia de uma peça musical, a inédita Na-yucat, que será interpretada por Victorio e por Teresinha Prada (violão). O concerto contará ainda com a presença da pianista Ingrid Barancoski (docente da Unirio), Alex Teixeira (percussão), José Feguri (violoncelo) e Jasson André (saxofone).

O evento também promove o DVD Chronos com trechos dos concertos de lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro. ODVD foi editado pela TV Universidade sob a direção de Nilo Bezerra.

A entrada é gratuita.
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Fotos Grupo Urutau

O grupo URUTAU expande-se na quase invisibilidade do existir puramente artístico. Assim como o pássaro, camufla-se na peculiaridade de observador atento às diversidades musicais do mundo e através delas, põe-se a piar de um jeito novo, próprio de si. O grupo preza pela musicalidade que flui naturalmente de cada um dos seis integrantes, consciente de que a cada dia o observar toma forma nova e que o olhar do grupo acresce grande importância ao cerne criativo musical.

Urutau é antes de tudo um grupo de estudos musicais. Nascido em 2010, reúne-se na cidade de Cuiabá - MT para intensos estudos e ensaios. Além do repertório autoral, o grupo também estuda e interpreta músicas de culturas um tanto distintas e complementares como: samba, choro, bossa nova, jazz, free jazz, blues, fusion, salsa, bolero, guarânia, músicas étnicas, música contemporânea, eletroacústica, entre outros estilos análogos às influências individuais dos integrantes, quais sedimentam a fusão inrotulável do próprio. Outra característica do grupo é o desvendar timbrístico. Além de instrumentos de formações mais tradicionais como: piano, bateria, voz, violão e baixo, o Urutau inclui em seu ninho outros instrumentos de timbres menos convencionais: escaleta, baixo acústico, violão de sete cordas, cavaco, sax tenor, sax barítono, rói-rói, flautas, congas, alfaia, pandeiro, chaves, copos, garrafas, muringa, glockenspiel, vibrafone, e outros que formam um espectro sonoro amplo e diversificado.

Urutau é formado por:

Estela Ceregatti
Jhon Stuart
Joelson Conceição
Juliane Grisólia
Phellyppe Sabo
Tarcísio Sobreira







Juliane Grisólia

Joelson Conceição (Macaco)

Juliane Grisólia

Tarcísio Sobreira

Joelson Conceição (Macaco)

Participação especial de Paulo "Bambú"


Jhon Stuart

Phellyppe Sabo

Estela Ceregatti


CRÉDITOS DAS FOTOS:
JULIANA VIGNADO


Acesse o Blog do grupo:
http://grupo-urutau.blogspot.com/


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Programa de TV "Sr. Brasil"

Abel Santos e Vera Capilé.

Na terça feira dia 20 de abril às 21 horas assistam Vera Capilé , Abel Santos e Renato Braz no programa Sr. Brasil de Rolando Boldrin, na TV Cultura - Canal aberto é o 17 ou 114 na Sky.

Aí vão as fotos. Fomos convidados pela produção do programa, indicação de Renato Braz
com quem estivemos no Projeto Pixinguinha em 2004 no Brasil e 2005 na França.

Pierre Yves Refalo (fotos)

No programa que vai ao ar terça-feira foram apresentadas:

Enchente (Abel Santos - voz e viola de cocho)
o Hino Nacional na viola e cantamos "Meu Primeiro Amor" com o Renato Braz (violão) e Abel Santos (viola). O público do Sr. Brasil delirou!!


Pierre Yves Refalo (fotos)

Não percam !!

Um abraço.
Vera Capilé
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Paralização dos Estudantes

Assembléia dos Estudantes de Comunicação Social

Estudantes continuam acampados no Fim de Semana

Os estudantes da UFMT acampados no ICHS continuam acampados no bloco. A ocupação que começou na segunda-feira, ganhou adeptos como o curso de Música (que deliberou em assembléia paralisação geral do curso) e o curso de Comunicação Social (que deliberou também em assembléia paralisação).

As pautas da greve são gerais como ampliação do Restaurante Universitáro, ampliação das Bolsas, pela construção da Creche Universitária, em combate as consequências do REUNI. Os cursos paralisados também exigem pautas espefícias como contração de professores (Concurso Público JÁ!), melhoria na infra-estrutura do bloco, atualização das bibliotecas setoriais etc.

Os estudantes acampados também irão discutir, durante o fim de semana o ato de segunda-feira, em defesa da universidade pública. Abaixo segue o cronograma das atividades do fim de semana. Contamos com a presença de todos na ocupação.


SÁBADO

6:30 às 8:00 – Café da Manhã
8:30 – Debate sobre resolução 197/09
11:00 às 13:00 – Almoço no R.U.
14:00 – Oficina de cartazes para o ato de segunda-feira
16:00 – Atividades Recreativas (Bozó – truco – Filmes – futebol – vôlei – xadrez)
18:00 às 19:00 – Janta
20:00 – Noite Cultural

- Durante todo o dia atividades da ENEBIO na sala 05. (Executiva Nacional dos Estudantes de Biologia)

DOMINGO

06:30 às 08:30 – Café da manhã
8:30 às 11:00 – Atividades Recreativas
11:00 às 13:00 – Almoço
14:00 – Apresentação do novo projeto de segurança da UFMT
17:00 – Jantar
18:00 – Ensaio de Maracatu com BATUQUENAUÁ*, abrindo a noite cultural

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Cursos de Música e Geologia aderem à paralização


Estudantes de Música e Geologia aderem à greve estudantil

Os estudantes de Música realizaram uma assembléia no dia 16 de abril no Instituto de Linguagens. A assembléia foi realizada pelo CAMUS (Centro Acadêmico de Música). Os estudantes discutiram diversas problemáticas, como:

Abertura imediata de concursos públicos (técnicos e professores)
Construção imediata da Creche Universitaria
Pela Revogação da Resolução 197/2009
Paridades nos Espaços Deliberativos
Mais bolsas de pesquisa e extensão
Ampliação do R.U e C.E.U



Estudantes de Letras, de Comunicação e membros do DCE participaram da Assembléia que deliberou a paralisação a partir de segunda-feira. Mais um curso se juntou a greve dos estudantes. O objetivo também é expandir a greve em defesa das pautas gerais e específicas. Outras assembléias estão previstas para essa semana.

Os estudantes de Geologia também realizaram uma assembléia que definiu – por unanimidade – paralisação. Foi debatido as questões das aulas de campo, da CEU (Casa do Estudante), R.U. Os estudantes do curso realizaram uma greve no ano passado e atingiram boa parte das pautas reivindicadas. O curso têm um histórico de mobilizações e agora, agrega-se aos outros cursos que estão paralisados.


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Problemas Comuns - Música e Comunicação Social

Problemas Comuns
Cursos de Música e Comunicação Social


Estudantes de Comunicação da UFMT aderem à greve

Os estudantes de Comunicação Social da UFMT aderiram à greve iniciada na última terça-feira (13), no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), conforme deliberação do Conselho das Entidades de Base (CEB). Cerca de 70 estudantes estiveram presentes na Assembléia realizada na manhã de hoje (15) e decidiram pela adesão ao movimento como forma de reivindicação para a contratação de professores, melhoria de infra-estrutura e combate as consequências do REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Amanhã (16), os estudantes farão o planejamento da greve, que será iniciada na próxima semana.


Assembléia dos Estudantes de Comunicação Social

Assim como em outros departamentos, a Comunicação Social tem sofrido por falta de professores. No último semestre alguns estudantes cursaram apenas metade da disciplina, pois o professor a assumiu com o semestre em andamento. Outros acumularam para esse semestre as matérias que não foram cursadas por falta de professor. Além disso, só é possível contratar professores substitutos, cujo contrato tem duração de um ano, com possível prorrogação de mais um ano. “Nós queremos abertura de concurso público para professores, para que não tenhamos que fazer outro movimento daqui a seis meses ou um ano”, afirmou o estudante de Publicidade e Propaganda Felippy Damian, membro do CACOS – Centro Acadêmico de Comunicação Social.

Além disso, conforme alegação dos estudantes, os equipamentos estão defasados, o laboratório de fotografia não está em funcionamento, não há jornal impresso, videoteca, nem assinatura de jornal diário. “Não há nem câmeras fotográficas digitais para curso, somente analógicas”, disse o estudante de Ciências Sociais Jelder Pompeo, que é aluno especial na disciplina de Introdução às Técnicas Fotográficas.

Assembléia dos Estudantes de Comunicação Social

Os estudantes também se queixaram que é necessária a contratação de mais técnicos para acompanhar os estudantes na utilização dos equipamentos. “O técnico que pedimos trabalhou dois dias e pediu licença de dois anos, por isso não podemos requisitar outro técnico”, explicou a Chefe do Departamento de Comunicação Social, Vera Lúcia Lopes.

Em relação ao Reuni, existe a preocupação com o aumento das vagas disponibilizadas sem a criação de condições para que essas aulas e pesquisas sejam realizadas. O ponto comum de reivindicação da greve dos estudantes, é sobre a Resolução 197/2009, que pretende diminuir a carga horária dos professores destinada à pesquisa, para que, os mesmos professores possam ministrar mais aulas. “É a tentativa de transformar a universidade pública em grandes ‘colegiões’, diminuindo a pesquisa e a extensão, mas emitindo mais diplomas para contar pontos para o governo federal”, indigna-se a Diretora da UNE Daianne Renner.

Na Assembléia Geral de hoje, ouve algumas divergências, mas sempre com respeito. Alguns dos professores presentes apoiaram a greve. O professor Dr. Paulo Rocha Dias, que falou sobre a legitimidade das greves como instrumento de conquista em uma sociedade democrática. “Isso aqui não é baderna. Baderna é o termo usado para desqualificar os movimentos sociais. Nosso movimento é legítimo”, afirmou o Doutor em Comunicação.

(Estudantes de jornalismo da UFMT).
fonte: http://blogdodce.wordpress.com/
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