II Bienal de Música MT - Palestra Didier Guigue



Palestra: Didier Guigue
Estética da Sonoridade:
Alguns pressupostos teóricos e algumas propostas práticas




DIDIER GUIGUE

Didier Guigue, nascido na França, reside em João Pessoa desde 1982. Ele já foi descrito como “um dos principais nomes da música experimental brasileira” (Revista BRAVO!, Mauro Mello, dez. 99).

Compõe musica acústica e eletrônica, num estilo eclético que abrange tanto a computer music experimental quanto o rock prog, onde podem aflorar referências afro-brasileiras, com enfoque no entanto centralizado no que costuma se chamar de música eletroacústica.
Tem colaborado com vários artistas paraibanos, de todas tendências, e também com projetos experimentais de dança, cinema e arte digital. Membro do COMPOMUS — Laboratório de Composição da Universidade Federal da Paraíba, funda em 2005 o Log 3, laboratório experimental de laptop music.


Tem obras eletrônicas publicadas em CDs especializados na Inglaterra (Organized Sound, Cambridge University Press, 1998, Vol. 3 n. 1), nos Estados-Unidos (Southern Cones: Music out of Africa and South America, Leonardo Music, 2000, Vol. 10), e no Brasil (Música Eletroacústica Brasileira, Vol. III, Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica, 2004). Em 1999 lançou no Brasil, pelo selo CPC-UMES (São Paulo), um CD intitulado Vox Victimæ, sobre o qual a Sala de Imprensa escreveu:
“Este seu disco simplesmente tem de ser ouvido. Se você acha música experimental chata, ouça-o. Se você gosta de jazz, de rock progressivo, de trilha de filmes, de balê contemporáneo, ouça-o.”
(Revista BRAVO!, Mauro Mello, dez. 99).

Sobre “Aquele que ficou sozinho”, uma das obras gravadas no CD Southern Cones , o crítico norte-americano Ian Whalley escreveu: “…a standout, a subliminally dramatic work”.
(Computer Music Journal Vol.26 No.4, Winter 2002).

Em 2006, lança pela UFPB o CD Náufragos que reune parte da sua produção eletroacústica dos últimos anos.

Comitiva de compositores da Paraíba: José Orlando Alves, Didier Guigue, Eli-Eri Moura, Ticiano Rocha e Wilson Guerreiro

A Fundação Itaú Cultural publicou o seguinte comentário: “Enquanto a maior parte da produção eletroacústica brasileira tem-se concentrado nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, Didier Guigue está promovendo um processo de descentralização ao formar um grupo de pesquisas e criação na Paraíba. Esse compositor e pesquisador […] tem dado uma importante contribuição para o desenvolvimento da música eletroacústica no Nordeste do país. Sua produção tem múltiplas facetas: passa da música puramente eletroacústica às experiências com composições algorítmicas geradas pelo computador. Ao mesmo tempo, no CD Vox Victimae lançado em 1999, há uma fusão entre os procedimentos eletrônicos, computacionais e estilos como rock e jazz, rompendo qualquer fronteira que pudesse ser estabelecida entre as chamadas música erudita e música popular.”

(http://www.itaucultural.org.br/).



Suas obras foram tocadas nos seguintes eventos internacionais:
• Festival Internacional de Linguagens Eletrôncia – FILE2004, Hipersônica 2004, S. Paulo.
• Festival Synthèse 2003, Bourges (França).
• 4° Encontro de Compositores e Intérpretes latino-americanos, Belo Horizonte.
• Jukebox Festival 2.1 & 3.1, Lille e Strasbourg (França).
• En Red O 2000-Electric Songs, Barcelona (Espanha).
• III CEAIT Electronic Music Festival, California Institute of Arts (EUA).
• Festival Elektrokomplex, Viena (Áustria).
• International Computer Music Conference, Thessaloniki (Grécia).
• Jazz Festival Brazil/Argentina, New York.

Eventos de âmbito nacional:
• XII, XIV, XV & XVI Bienais de Música Contemporânea Brasileira, Rio de
Janeiro.
• V & VI Festival Nacional de Artes, João Pessoa.
• V, VI & X Simpósios Brasileiros de Computação e Música.

Doutor em Música e Musicologia do Séc. XX pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, França), possui também Pós-Graduação em Estética, Ciências & Tecnologia das Artes pela Universidade de Paris-VIII. Professor adjunto da Universidade Federal da Paraíba, atua no Mestrado em Musicologia do Séc. XX, leciona Estética da Música do Séc. XX e Computação aplicada à Música. Pesquisador e consultor no CNPQ e outros orgões nacionais de fomento, coordena um grupo interdisciplinar de pesquisas integrando computação e análise da música do Séc. XX.

Tem dois livros publicados (um terceiro em preparação), um grande número de artigos científicos em revistas brasileiras e estrangeiras, e de comunicações em eventos nacionas e internacionais. A maioria desta produção é repertoriada ou disponível no site http://www.cchla.ufpb.br/gmt.

 
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