Espetáculo com Coletivo Ninhal



Coletivo Ninhal apresenta:

Casa Mestiça: Brasil

Dia 05 de novembro (sexta) no teatro do Sesc Arsenal às 20h

Ingressos R$ 15,00 (inteira) R$ 7,50 (estudante) R$ 5,00 (comércio)

Mais informações: 9242- 6764 ou 9922-6605


Informações: 9242 6764/ 9922 6605
coletivoninhal@gmail
coletivoninhal@googlegroups.com



Miscelânea Cultural

O Coletivo Ninhal, sob a regência de Adonys Aguiar, apresenta na próxima sexta-feira (5), no Sesc Arsenal, o show Casa Mestiça Brasil, resultado de mais uma pesquisa realizada pelo Coletivo Ninhal. Pesquisa que não esgotou suas possibilidades, que se constrói a partir de um cotidiano mediado por novos e velhos encontros de amizade.

Ninhal é uma árvore do pantanal que abriga 5 diferentes tipos de pássaros. É o nosso país que habita ninhais, ocas, chalés e bangalôs para todas as tribos em um constante processo de hibridação cultural que, segundo o antropólogo Nestor Canclini, “são estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada e se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas”. É importante ressaltar que tais estruturas também são resultados de hibridação.

O híbrido é um termo transferido da biologia às análises socioculturais para favorecer o entendimento de fenômenos de miscigenação ocorridos na contemporaneidade. Muitos preferem dizer de sincretismo em questões religiosas, de mestiçagem na historia e antropologia na música.

Na música, grande parte da produção resulta do cruzamento multimídia e multicultural e os artistas inseridos neste cruzamento não o fazem em condições nem como objetos semelhantes.

Neste sistema de conjunções, cozinha de aromas, sinergia de diversos elementos culturais, sociais, históricos e econômicos, nos quais estamos inseridos, é onde acendemos o fogo que alimenta os nossos sonhos e fantasias.

Porém, é preciso estar atento à complexidade dos fenômenos ocorridos na contemporaneidade. Diante das coisas efêmeras e da alienação causada por estes fenômenos estamos perdendo os sentidos e o sentido maior da vida. “É preciso ‘saber ouvir o mato crescer’, isto é, estar atento a coisas simples e pequenas.” (Maffesoli, 2007, p.41)

Nesta vastidão territorial, sertão globalizado povoado com sons e lendas de todas as procedências, entre a sanfona e a batida eletrônica, onde a marca de cultura na contemporaneidade é o rompimento de fronteiras, é que nos encontramos, onde tudo está por fazer e criar. Para além das fronteiras, os espaços que procuramos ocupar são lugares de resistência.


 
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